Um Castelo em Ipanema
Título: Um Castelo em Ipanema
Título Original: Nunca Houve Um Castelo
Autor: Martha Batalha
Editor: Porto Editora
Nº de Páginas: 288
PVP: 16,60€
Sinopse: "Rio de Janeiro, 1968.
Estela, recém-casada, mancha com lágrimas e rímel a fronha bordada do seu travesseiro. Uma semana antes ela estava na festa de passagem de ano que marcaria de modo irremediável o seu casamento. Estela sabia decorar uma casa, receber convidados e preparar banquetes, mas não estava preparada para o que aconteceu nesse dia.
Setenta anos antes, Johan Edward Jansson conhece Brigitta também durante uma festa de passagem de ano, em Estocolmo. Casam-se, mudam-se para o Rio de Janeiro e constroem um castelo num lugar ermo e distante do centro, chamado Ipanema.
Em Um castelo em Ipanema, Martha Batalha conta-nos como essas duas festas de Ano Novo definem a trajetória dos Jansson ao longo de 110 anos. É uma saga familiar imersa em história, construída com humor, ironia e sensibilidade. A riqueza e a complexidade dos múltiplos personagens criados pela autora permitem tratar de temas que se entrelaçam e definiram a sociedade brasileira nas últimas décadas, como o sonho da ascensão social, os ideais femininos e feministas, a revolução sexual, a reação ao golpe militar, a divisão de classes, a deterioração do país.
Um romance comovente sobre escolhas e arrependimentos, sobre a matéria granular da memória e as mudanças impercetíveis e irremediáveis do tempo."
A Minha Opinião:
Quem me segue no Instagram sabe que, há já algum tempo, que estava curioso para ler "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", o outro livro da autora mas surgiu a oportunidade de ler "Um Castelo em Ipanema" primeiro e decidi aproveitar.
Acho que a palavra indicada para retratar o livro seria memória. Não só pelos protagonistas do livro mas como uma memória coletiva de todos os cidadãos do Rio de Janeiro porque o castelo retratado existiu mesmo e contribuiu para a fundação do bairro de Ipanema, um dos mais conhecidos do Brasil, mais não seja pelo tema "Menina Solta" de Giula Be. Para abordar o tema da memória, Martha Batalha, utilizou pessoais reais em prol da ficção, tais como, Johan Edward Jansson, um ministro sueco, que com a sua esposa são os fundadores da família Jansson no Brasil.
Um livro fácil de ler, com uma história linda e com a dose certa de humor. Esta é a formula apresentada por Martha Batalha e que todos nós deveríamos de ter nas nossas estantes para a pudermos ler a um belo fim de tarde ao lado da lareira agora que os dias mais frios chegaram. Se tem interesse na história do Brasil ou simplesmente ama o Rio, este é o livro indicado para si.
Classificação do livro: 8/10
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