A História de Uma Serva
Título: A História de Uma Serva
Título Original: The Handmaid's Tale
Autor: Margaret Atwood
Editor: Bertrand Livreiros
Nº de Páginas: 352
PVP: 18,80€
Sinopse: "Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. A História de Uma Serva tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo.
Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor."
A Minha Opinião:
Já terminei "A História de Uma Serva" acerca de uma semana mas, só hoje, consegui vir falar acerca deste livro. Já tinha ouvido falar tanto do livro como da série há bastante tempo mas, como é um pouco caro, ainda não o tinha comprado. Um dia, ao ir ao continente, encontrei-o por 5€ e, a primeira coisa que fiz, foi coloca-lo no carrinho.
Este livro foi, sem dúvida, um dos melhores livros, se não o melhor, que eu já li em toda a minha vida. Onde anteriormente foram os EUA existe agora Gilead, um país que se originou com o assassinato do presidente da América e do congresso, supostamente por fanáticos islâmicos e, mais tarde, com a destruição da constituição. Em Gilead, as leis são feitas tendo por base o Antigo Testamento da Bíblia e as mulheres perderam todos os seus direitos. De acordo com os fundadores de Gilead, esta foi uma medida necessária devido à forma como o mundo, em especial, os EUA, estava a ser gerido e também devido à baixa taxa de natalidade. Como tal, os Comandantes decidiram criar uma hierarquia na sociedade, as Aias, que são mulheres férteis, violadas e obrigadas a conceber crianças para a alta sociedade do regime. Defred é a personagem principal e a narradora da história e é através do seu ponto de vista que vamos conhecer como funciona Gilead e o quão macabra esta sociedade pode ser.
A escrita de Atwood é simplesmente deliciosa cativando-nos cada vez mais a ler e a interessar-nos pela história. Confesso que senti várias coisas enquanto lia o livro mas, o que mais me incomodava eram as Cerimónias, nome dado ao ato de violação do Comandante à Serva, que me faziam sentir repulsa pelo ser humano e pelo quão macabro este pode ser.
Para além disso, esta história mudou muito a minha forma de ver a sociedade e ensinou-me principalmente que nem tudo aquilo que achamos que temos como garantido está efetivamente garantido pois, na narrativa, as mulheres tinham os seus direitos como garantidos e, de um momento para o outro, perderam tudo e, algumas delas, foram violadas e maltratadas para gerarem filhos para os outros.
Em suma, acho este livro de uma genialidade incrível e que deveria de estar na lista de leituras de todos. Sem dúvida uma leitura obrigatória e que, com as suas frases marcantes, nos faz pensar muito sobre quem somos e sobre a nossa sociedade.
Classificação do Livro: 10/10
Título Original: The Handmaid's Tale
Autor: Margaret Atwood
Editor: Bertrand Livreiros
Nº de Páginas: 352
PVP: 18,80€
Sinopse: "Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. A História de Uma Serva tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo.
Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor."
A Minha Opinião:
Já terminei "A História de Uma Serva" acerca de uma semana mas, só hoje, consegui vir falar acerca deste livro. Já tinha ouvido falar tanto do livro como da série há bastante tempo mas, como é um pouco caro, ainda não o tinha comprado. Um dia, ao ir ao continente, encontrei-o por 5€ e, a primeira coisa que fiz, foi coloca-lo no carrinho.
Este livro foi, sem dúvida, um dos melhores livros, se não o melhor, que eu já li em toda a minha vida. Onde anteriormente foram os EUA existe agora Gilead, um país que se originou com o assassinato do presidente da América e do congresso, supostamente por fanáticos islâmicos e, mais tarde, com a destruição da constituição. Em Gilead, as leis são feitas tendo por base o Antigo Testamento da Bíblia e as mulheres perderam todos os seus direitos. De acordo com os fundadores de Gilead, esta foi uma medida necessária devido à forma como o mundo, em especial, os EUA, estava a ser gerido e também devido à baixa taxa de natalidade. Como tal, os Comandantes decidiram criar uma hierarquia na sociedade, as Aias, que são mulheres férteis, violadas e obrigadas a conceber crianças para a alta sociedade do regime. Defred é a personagem principal e a narradora da história e é através do seu ponto de vista que vamos conhecer como funciona Gilead e o quão macabra esta sociedade pode ser.
"Melhor nunca significa melhor para todos... Significa pior para alguns."
Para além disso, esta história mudou muito a minha forma de ver a sociedade e ensinou-me principalmente que nem tudo aquilo que achamos que temos como garantido está efetivamente garantido pois, na narrativa, as mulheres tinham os seus direitos como garantidos e, de um momento para o outro, perderam tudo e, algumas delas, foram violadas e maltratadas para gerarem filhos para os outros.
Em suma, acho este livro de uma genialidade incrível e que deveria de estar na lista de leituras de todos. Sem dúvida uma leitura obrigatória e que, com as suas frases marcantes, nos faz pensar muito sobre quem somos e sobre a nossa sociedade.
Classificação do Livro: 10/10
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